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Brasil e Colômbia assinam acordo para ações conjuntas na fronteira

4 ago 2011 - 22h02
(atualizado em 5/8/2011 às 00h20)
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Os governos do Brasil e da Colômbia assinaram nesta quinta-feira em Tabatinga (Amazonas) um acordo para realizar ações conjuntas e coordenadas na proteção e resguardo da fronteira comum. O Ministério da Defesa assinalou em comunicado que o acordo contempla "medidas a serem implementadas incluem trocas de informações, operações sincronizadas e ações sociais", mediante "mecanismos coordenados para combater o crime organizado e garantir a proteção e defesa dos recursos naturais". O acordo permitirá a criação da Comissão Binacional Fronteiriça (Combifron) e a adoção do Plano Binacional de Segurança Fronteiriça.

Do ato, realizado na cidade fronteiriça, também participaram o vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o até então ministro da Defesa, Nelson Jobim (que renunciou nesta quinta-feira após fazer comentários polêmicos sobre o Governo Dilma Rousseff), além de autoridades colombianas lideradas pelo ministro da Defesa, Rodrigo Rivera.

A iniciativa também integra a Operação Ágata, que faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras do Ministério da Defesa brasileiro. Depois da assinatura do acordo, o ministro colombiano explicou à imprensa que será compartilhada "inteligência, experiência entre as forças dos dois países e capacidades" e serão realizadas operações coordenadas entre os militares e os organismos de segurança contra as ameaças, "cada um em seu território". "O mundo deveria condenar as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pela depredação de nossas selvas para suas atividades criminosas", declarou Rivera.

O Plano Estratégico de Fronteiras, lançado em junho pela presidente Dilma Rousseff, prevê acordos bilaterais com os países fronteiriços. O assinado nesta quinta-feira com a Colômbia foi informado previamente ao Governo do Peru, o outro país que compartilha a tríplice fronteira amazônica.

Colômbia e Brasil compartilham uma fronteira de 1.645 quilômetros, na qual ambos enfrentam problemas de tráfico de drogas, armas e pessoas, além de contrabando. A cooperação inclui trabalhos de índole social, especialmente programas orientados aos povos indígenas e menores de idade.

EFE   
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