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Brasil decide por caça francês e tenta baixar preço, diz fonte

11 jan 2010 - 16h09
(atualizado às 16h29)
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já bateu o martelo sobre a compra dos caças franceses Rafale, mas ainda tenta reduzir o preço final do negócio com a fabricante Dassault, informou à agência Reuters um ministro de Estado. A fonte não deu prazo, mas disse que a negociação estimada em R$ 10 bilhões para a compra de 36 aviões de combate será fechada ainda este ano, a despeito da predileção da Força Aérea Brasileira (FAB) pelos caças suecos Gripen NG, fabricados pela Saab.

Caça francês Rafale participa de concorrência para equipar Forças Armadas brasileiras
Caça francês Rafale participa de concorrência para equipar Forças Armadas brasileiras
Foto: Divulgação

Segundo o interlocutor, o governo não decidirá sob pressão de ninguém, nem da FAB. O ministro afirmou que, se a fabricante baixar o preço, o negócio sairá em breve, ressaltando que a compra é estratégica, e não apenas técnica.

A polêmica em torno dos caças vem se arrastando há meses. Ano passado, Lula já havia dito que sua decisão seria política e estratégica.

São 36 caças na negociação atual "no valor estimado de R$ 10 bilhões", dentro de um pacote que pode prever a aquisição de até 120 aeronaves. A americana Boeing, fabricante do F-18 Super Hornet, também está entre as finalistas da FAB, mas o governo Lula sequer considera sua compra, segundo a fonte.

No caso da opção sueca, cerca de um terço dos componentes do Gripen possui tecnologia dos EUA. O Brasil tem dúvidas sobre a transferência de tecnologia e vê riscos de veto do Pentágono à venda de aviões fabricados no Brasil a outros países.

O ministro ouvido pela Reuters citou especificamente a tentativa brasileira de fornecer à Venezuela o avião militar de treinamento e ataque leve Super Tucano, produzido pela Embraer com parte de sua tecnologia desenvolvida nos EUA.

O Brasil exige três condições para concluir o programa F-X2: soberania de uso das aeronaves, reserva de mercado e transferência de tecnologia. Procurados, o Ministério da Defesa não quis se pronunciar sobre o assunto e a FAB não estava imediatamente disponível para comentários.

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