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Barracos são demolidos em reintegração de posse em São Paulo

Terreno fica no Morro do Cipó, no Alto de Taipas, bairro da zona norte da capital paulista

16 dez 2014 - 14h46
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A demolição dos barracos da comunidade Morro do Cipó, no Alto de Taipas, zona norte da capital paulista, está praticamente concluída, segundo a Polícia Militar (PM). O terreno onde ficava parte da comunidade foi reintegrado no início da manhã desta terça-feira.

Segundo o major PM Laerte Araquém Fidélis Dias, aproximadamente 200 pessoas estavam no local no momento da chegada da polícia. “Num primeiro levantamento, achamos que teriam mil pessoas, mas não observamos esse número agora. O movimento está bem reduzido”, declarou. 

De acordo com o major, metade das casas estavam vazias na manhã desta terça-feira. Para a ação, que começou às 6h, a PM enviou 100 homens, além de um pelotão da Tropa de Choque e um da Cavalaria. Não houve confronto com os moradores. No início da tarde, retroescavadeiras trabalhavam na remoção dos entulhos. Segundo o major, a previsão é que a demolição termine às 15h.

A área, ocupada em agosto do ano passado, é de propriedade da Elo Empreendimentos Construções. O terreno fica numa região de difícil acesso, repleta de morros e vegetação nativa, próximo à construção do Rodoanel Norte. O endereço do terreno é Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 13.370.

Para a moradora Suzana Silva, 36 anos, a área ocupada é extensa, chegando a 400 mil metros quadrados. Porém, apenas uma parte sofreu reintegração nesta terça-feira.

Segundo ela, 100 famílias da comunidade perderam suas casas, mas outras 900 famílias que permanecem no espaço, na parte baixa do morro, podem ser removidas no futuro. “Dia 5 de janeiro, tirarão a parte de baixo”, comentou.

Suzana mudou-se para o Morro do Cipó há 2 anos. Ela explica que não existe um movimento social liderando a ocupação. “Como as invasões são antigas na parte de baixo e havia uma área vazia em volta, cada um que chagava fazia um barraco”, salientou.

A ordem judicial de reintegração foi expedida pela juíza Teresa Cristina Castrucci Tambasco Antunes, da 3ª Vara Cível.

Agência Brasil Agência Brasil
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