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Autorização para médicos estrangeiros será restrita, diz Padilha

Ministro da Saúde diz que estrangeiros só poderão atuar na atenção básica e não farão procedimentos complexos como cirurgias

25 jun 2013 - 13h30
(atualizado às 13h31)
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O ministro Alexandre Padilha, da Saúde, defendeu nesta terça-feira a decisão do governo de atrair médicos estrangeiros para suprir a demanda em algumas regiões brasileiras. A autorização para esses profissionais, no entanto, será restrita. Em primeiro lugar, destacou Padilha, os estrangeiros serão chamados apenas caso as vagas não sejam preenchidas por médicos brasileiros. Além disso, só poderão atuar na atenção básica, ou seja, não poderão realizar procedimentos mais complexos, como cirurgias.

"O desenho é de uma autorização especial onde esse médico estrangeiro só virá para o Brasil se não tiver um médico brasileiro e fica exclusivo para atuar naquela região. Esse profissional não pode exercer a Medicina em outra área que não aquela que é autorizado. Ele estará vinculado a uma universidade, que fará toda a checagem das habilidades e treinamento, especialmente na questão do idioma. Além disso, ele não pode exercer Medicina em clínica privada ou em outra região", detalhou Padilha.

A ideia é que o profissional fique três semanas em uma instituição de ensino, período em que terá suas habilidades como médico avaliadas e também sua capacidade de comunicação. Em paralelo, serão checadas eventuais queixas de ordens médicas no seu país de origem. "Só vai para o município o médico que for aprovado nesse processo de avaliação", garantiu o ministro.

Padilha também rebateu as críticas de que brasileiros teriam problemas com os médicos estrangeiros por causa do idioma. Segundo o ministro, a questão da língua não é um obstáculo tão importante como as entidades médicas têm pregado. "Se fosse assim, não haveria o Médico Sem Fronteiras, que ganhou Nobel da Paz", comparou Padilha. "É mais rápido treinar um médico a falar português, do que esperar seis, oito anos até que um novo médico se forme", comentou. 

Fonte: Terra
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