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Assembleia do RJ terá CPI para apurar vazamento de óleo

23 nov 2011 - 19h48
(atualizado às 20h36)
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A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vai instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o vazamento de óleo durante perfuração da petroleira americana Chevron, há duas semanas. A autora do pedido, deputada Aspásia Camargo (PV), conseguiu nesta quarta-feira reunir 48 assinaturas - para a instalação, eram necessárias 36 adesões.

O presidente da Chevron Brasil, George Buck, participou nesta quarta-feira de audiência pública na Câmara
O presidente da Chevron Brasil, George Buck, participou nesta quarta-feira de audiência pública na Câmara
Foto: José Cruz / Agência Brasil

A Comissão de Saneamento Ambiental e a Comissão de Meio Ambiente da Alerj promoverá, na tarde de quinta-feira, uma audiência pública sobre as causas e os estragos ambientais causados pelo derramamento de petróleo no Campo do Frade.

Foram convocados o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc; a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos; o presidente da Chevron Brasil, George Buck; o oceanógrafo e perito da Polícia Federal David Zee; Regem Farid, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Rafael Moura, da Agência Nacional de Petróleo; Fábio Scliar, delegado da Polícia Federal; Carlos Fonteles, diretor de Informação e Monitoramento Ambiental do Inea; e Marilena Garcia, vice-prefeita de Macaé.

Também hoje, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) determinou a suspensão das atividades da Chevron. A proibição de perfurar novos poços de petróleo somente poderá ser revogada quando forem esclarecidas as causas e responsabilidades do acidente, além da empresa garantir o restabelecimento das condições de segurança na plataforma.

Presidente da Chevron pede desculpas por acidente

Hoje, o presidente Chevron no Brasil, George Buck, pediu "sinceras desculpas" à população e ao governo brasileiro hoje em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Segundo o presidente da petroleira, o plano de emergência para conter o vazamento só começou dois dias depois da identificação de uma fissura no poço controlado pela empresa.

Muitos especialistas ao redor do mundo atestaram que essa resposta foi excepcionalmente rápida e eficiente. O que aconteceu depois disso é que óleo residual subiu para a superfície. No nosso voo de ontem encontramos menos do que três barris de óleo na superfície, mas a Chevron considera que nem uma gota de óleo é aceitável. Vamos continuar a responder a isso até que não haja nenhum óleo na superfície", afirmou.

Fonte: Terra
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