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Assaltos a bancos deixam 32 mortos no 1º semestre do ano

31 jul 2014 - 18h14
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Os assaltos a bancos provocaram 32 mortes nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2013, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).

O crime conhecido como "saidinha de banco", em que uma pessoa é assaltada logo após sacar dinheiro, causou 20 dessas mortes, enquanto os assaltos a correspondentes bancários, como casas lotéricas, deixaram quatro mortos.

"É fundamental a colocação de portas com detectores de metais, câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real e vidros blindados", afirma o presidente da CNTV, José Boaventura Santos, em declarações incluídas no relatório.

Quanto às regiões, o estado de São Paulo é o que ostenta o maior número desses assassinatos com 12, seguido de Rio de Janeiro (4), Pernambuco (3), Minas Gerais, Paraná, Goiás e Paraíba (2 cada um).

Desde 2011, o número de mortes ocorridas em assaltos a bancos aumentou 39,1% e uma das queixas da Contraf e da CNTV é o baixo investimento das entidades para melhorar a segurança, uma vez que apenas 6% de seus lucros foram destinados a este fim.

O HSBC é a entidade que alocou a maior porcentagem de seus lucros à segurança em 2013 com 33,3%, seguida da Caixa Econômica (11,6%) e do Banco Santander, que destinou 10,3% de seus ganhos para melhorar as medidas de vigilância no ano passado, segundo indica o estudo.

"Eles continuam vendo a segurança como um custo e não como um investimento na proteção da vida dos trabalhadores e clientes", lamentou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.

Os dados do relatório procedem de notícias publicadas na imprensa e, para a elaboração deste estudo, a Contraf e a CNTV contaram com o apoio técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

EFE   
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