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Após rebeliões, RN decreta calamidade no sistema prisional

De acordo com o governo potiguar, os rebelados destruíram mil vagas nos presídios de Alcaçuz, de Parnamirim e na Cadeia Pública de Natal

17 mar 2015 - 12h48
(atualizado às 16h33)
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Força Nacional de Segurança Pública atuará nas prisões e nas ruas de Natal
Força Nacional de Segurança Pública atuará nas prisões e nas ruas de Natal
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O governo do Rio Grande do Norte decretou nesta terça-feira situação de calamidade pública no sistema prisional do Estado devido a uma onda de rebeliões em várias unidades que ocorrem há uma semana. Em decreto publicado no Diário Oficial local, o governador Robinson Faria determinou a criação de uma força-tarefa para planejamento e execução de medidas urgentes, como construção e restauração dos presídios parcialmente destruídos nos motins, bem como reformas, adequações e ampliações desses locais.

De acordo com o governo potiguar, os rebelados destruíram mil vagas nos presídios de Alcaçuz (450), de Parnamirim (250) e na Cadeia Pública de Natal (300). Os números fazem parte de um relatório de situação e diagnóstico elaborado pela Secretaria de Segurança Pública.

O decreto informa que a força-tarefa poderá contratar emergencialmente empresas para reforma dos presídios e nomear agentes penitenciários aprovados no último concurso público. A cada 30 dias, o grupo deverá apresentar um “relatório circunstanciado” dos trabalhos ao governo do estado.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte destacou que cinco ônibus e uma viatura da Polícia Militar foram incendiados nesta segunda, em Natal, em ação atribuída a criminosos ligados aos presos rebelados. Nesta terça, a frota de coletivos circula com número reduzido em Natal, por temor de novos ataques. Algumas escolas particulares suspenderam as aulas.

Policiais observam veículo incendiado em Parnamirim, na região metropolitana de Natal
Policiais observam veículo incendiado em Parnamirim, na região metropolitana de Natal
Foto: Robson Henrique dos Santos Ribeiro / vc repórter

Em nota divulgada na noite de segunda, o governo do Estado pediu tranquilidade aos cidadãos e que a população evite compartilhar “boatos e informações inverídicas” nas redes sociais. No documento, informou ter mobilizado efetivo policial necessário para enfrentar a crise, que contará com o reforço de 200 soldados da Força Nacional de Segurança Pública. A tropa federal, com apoio de dois helicópteros, atuará nas áreas prisionais e também nas ruas capital.

Entre as ações adotadas para tentar conter a crise no sistema prisional deve ser criada uma comissão especial de licitação, instituída na Secretaria da Justiça e da Cidadania, para fiscalizar o desenvolvimento das medidas.

Colaborou com esta notícia o leitor Robson Henrique dos Santos Ribeiro, de Parnamirim (RN), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

Agência Brasil Agência Brasil
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