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Após assembleia, servidores do Itamaraty decidem encerrar a greve

27 ago 2012 - 16h55
(atualizado às 17h47)
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Os servidores do Itamaraty decidiram nesta segunda-feira encerrar a paralisação iniciada há cinco dias. De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), os funcionários devem voltar ao trabalho nesta terça-feira.

Manifestantes se concentraram na frente da Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, para reivindicar melhores condições de trabalho
Manifestantes se concentraram na frente da Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, para reivindicar melhores condições de trabalho
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press

Veja como a greve dos servidores federais pode afetar sua rotina

Em nota, o Sinditamaraty informou que a decisão foi tomada "após sinalização positiva" do Ministério do Planejamento em relação à concessão de subsídio à categoria. O valor do reajuste, contudo, não foi divulgado. Na manhã de hoje, os servidores tomaram conhecimento da proposta e resolveram suspender a greve. Amanhã, um novo encontro será realizado para definir se o sindicato aceita o acordo proposto pelo governo.

Desde o dia 22, oficiais de chancelaria, assistentes e funcionários de diversos departamentos haviam aderido à paralisação. Segundo o Sinditamaraty, o movimento atingiu 39 representações diplomáticas no exterior.

Neste domingo, o governo encerrou as rodadas de negociações com os servidores públicos federais em greve. O Planejamento deu prazo até terça-feira para que os representantes das categorias assinem os acordos concordando com a proposta de reajuste de 15,8%, dividido em três anos. As categorias que não concordarem ficarão sem aumento.

O movimento grevista

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais cresceram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias entraram em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. O Ministério do Planejamento estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores. Em contrapartida, os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento.

A greve afetou servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, das Relações Exteriores, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

Desde março, quando foi iniciado o processo de negociação salarial, foram realizadas mais de 200 reuniões para discutir reajustes, com mais de 31 entidades sindicais. Após apresentar proposta de aumento de 15,8%, dividido em três anos, o governo encerrou no dia 26 de agosto as negociações com os servidores.

Fonte: Terra
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