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Anvisa decide manter venda de emagrecedores à base de sibutramina

Diretoria da agência determinou que sejam mantidas as restrições para o uso da substância, adotadas em 2011

27 mai 2013 - 18h55
(atualizado às 18h58)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta segunda-feira manter a permissão para a venda no Brasil de medicamentos emagrecedores à base da substância sibutramina. A Diretoria Colegiada da agência, porém, manteve as restrições para o uso de substância, adotadas em outubro de 2011.

Emagrecedores: veja o que é proibido e liberado no País

Na ocasião, a agência decidiu banir os emagrecedores cujas fórmulas continham as substâncias anfepramona, femproporex e mazindol, os chamados anfetamínicos. Já a sibutramina permaneceu liberada, mas com restrições: desde então, pacientes e médicos precisam assinar um termo de responsabilidade, que deve ser apresentado junto com a receita no momento da compra. Além disso, profissionais de saúde também são obrigados a informar à Anvisa problemas apresentados pelos pacientes que façam uso da substância. A Anvisa também indicou a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de uso do produto.

A proposta inicial dos técnicos da agência era banir o medicamento no País, pois estudos internacionais mostram que o uso da substância aumenta os riscos de problemas cardiovasculares e de alterações no sistema nervoso central. Mas, após nove meses de debate, a equipe técnica mudou de posição e, no relatório de 2011, defendeu a permanência do uso e da venda do remédio no Brasil. No prazo de um ano, o órgão voltaria a analisar a manutenção da sibutramina no mercado brasileiro. Nesta segunda-feira, porém, a agência decidiu não alterar as regras, com base em monitoramento do mercado feito ao longo de 2012.

De acordo com a Anvisa, a sibutramina ajuda a perder, no mínimo, 2 kg de massa corporal em um período de quatro semanas. O tratamento é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 30 e não sofre de doença cardíaca. O prazo máximo de utilização do remédio é dois anos.

Desde o anúncio da proposta de tirar os emagrecedores do mercado, sociedades médicas se posicionaram contra a ideia. A Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade (Abeso) defende que, sem esses medicamentos, pacientes obesos ficam sem possibilidade de tratamento.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Terra
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