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Angra: IML do Rio conclui trabalhos de identificação

4 jan 2010 - 01h56
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Foi reconhecido no domingo o último dos 18 corpos trazidos de Angra dos Reis para o Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. Maria Reis dos Santos, de 60 anos, trabalhava na Pousada Sankay, mas estava numa casa vizinha, onde morava, na hora do deslizamento.

Vítimas são enterradas após a tragédia que atingiu Angra
Vítimas são enterradas após a tragédia que atingiu Angra
Foto: Rodrigo Teixeira / Especial para Terra

No início da tarde, Danilo Reis dos Santos, 24 anos, reconheceu o corpo de sua mãe. O outro filho de Maria, Marcelo Reis dos Santos, de 30 anos, também morto na tragédia, havia sido identificado mais cedo. A família mora na Ilha Grande, mas o IML de Angra não deu vazão.

Dos 18 corpos identificados, apenas cinco continuam no IML, entre eles os das irmãs Gabriela, de 12 anos, e Giovana Ribaski Repetto, de 9 anos, pois seus pais continuam internados, e a família espera que eles recebam alta para realizar o sepultamento. A mãe, Claudia Cristina, está na UTI e embora seu estado seja estável, ela está muito deprimida. Também estão no IML os corpos da tia das meninas Ilza Maria Roland, de 50 anos; o de Maria Reis dos Santos, de 60 e de seu filho Marcelo Reis dos Santos, de 30 anos.

O mesmo sentimento de perda explícito no rosto de Danilo depois de ter feito o reconhecimento do irmão e da mãe podia ser observado no rosto do bancário aposentado Norberto Pires dos Reis. Morador de Arujá, distante 30 quilômetros de São paulo, ele veio para o Rio na madrugada do dia 2, na tentativa, vã, de encontrar o corpo da filha, Fernanda Muraca dos Reis, de 27 anos, gerente de vendas e ainda desaparecida.

"Sinto um vazio muito grande. Nada mais me atrai. Não consigo nem comer. Jamais imaginaria um começo de ano tão ruim", disse ele, que voltaria para sua cidade ainda no domingo para aguardar informações ao lado de sua mulher e do filho mais velho. "Infelizmente, a vida continua, não gostaria de começar o ano assim", disse.

Vítimas enterradasM

Na manhã de domingo, duas vítimas da tragédia foram enterradas em Minas Gerais. O estudante Paulo Sarmento, 27 anos, foi sepultado no cemitério Parque da Colina. O sepultamento do corpo da namorada dele, Isabella Godinho, 20 anos, foi no cemitério municipal de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O jovem e a namorada passavam o Réveillon na pousada Sankay, na enseada do Bananal, a convite da filha do dono do estabelecimento, a estudante Yumi Faraci, que também morreu na tragédia. o corpo de Yumi, que era estudante de arquitetura e urbanismo e morava em Belo Horizonte, foi cremado, no fim da tarde de domingo, no cemitério Parque Renascer em Contagem, também na região metropolitana da capital mineira.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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