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AGU defende programa Mais Médicos em parecer enviado ao STF

8 out 2013 - 18h06
(atualizado às 18h09)
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A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer a favor da validade da Medida Provisória (MP) 621/2013, que criou o Programa Mais Médicos. No documento, diz que a MP cumpriu os requisitos constitucionais de urgência e relevância. O STF julga a validade do programa em duas ações diretas de inconstitucionalidade.

A AGU acredita que a contratação de médicos estrangeiros é necessária devido à falta de profissionais em diversas regiões do Brasil. "Desse modo, a medida instituiu regime jurídico específico para atender à demanda de caráter urgente e excepcional, o que justifica a concessão de tratamento diferenciado para os profissionais que participem do programa, como a dispensa de revalidação dos diplomas e o registro provisório", argumentou a defesa.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/mais-medicos/" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/mais-medicos/">Programa Mais Médicos</a>

Antes do julgamento, o ministro Marco Aurélio, relator das duas ações, promoverá uma audiência pública para debater o Programa Mais Médicos. Segundo o ministro, a audiência é necessária para analisar as "vantagens e desvantagens da política pública". A audiência será nos dias 25 e 26 de novembro no plenário da Primeira Turma do STF. As inscrições podem ser feitas até 1º de novembro. Podem participar pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, e pessoas físicas de notório conhecimento nas áreas envolvidas. Cada palestrante terá 20 minutos para falar.

As duas ações que contestam a validade da Medida Provisória 621/2013 foram protocoladas, em agosto, pela Associação Médica Brasileira e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários Regulamentados. As entidades contestam a contratação de médicos estrangeiros sem revalidação do diploma e alterações previstas para os cursos de medicina.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Agência Brasil Agência Brasil
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