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Africanos descendem de amaldiçoado, diz Twitter de deputado

31 mar 2011 - 20h04
(atualizado às 20h10)
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O perfil no Twitter do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) apresentava nesta quinta-feira uma mensagem que afirmava que "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato". Esta é a segunda polêmica na semana que envolve declarações de parlamentares. A primeira foi do também deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que afirmou em entrevista à TV Bandeirantes que não discute promiscuidade, ao responder a uma pergunta sobre como reagiria se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra.

Twitter de Feliciano afirma que africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé
Twitter de Feliciano afirma que africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé
Foto: Reprodução

Em nota por meio de seu site, Feliciano afirmou que não é racista, mas "brasileiro com um sangue miscigenado, por africanos, índios e europeus". Com relação à suposta maldição de Noé, ele citou trechos da Bíblia e afirmou que "Noé amaldiçoa o descendente de Cão, ou seja, toda a sua descendência". Em seguida, ele citou um historiador hebreu, Flavio Josefo, e disse que dentre os descendentes de Cão estão os africanos, também amaldiçoados. No entanto, ele afirmou que "milhares de africanos têm devotado sua vida a Deus e por isso o peso da maldição tem sido retirado".

"Que fique bem claro aqui de uma vez por todas, não sou homofóbico. O que as pessoas fazem nos seus quartos não é do meu interesse. Sou contra a promiscuidade que fere os olhos de nossos filhos". "Respeito o ser humano, mas tenho o direito de ser repeitado também! Não sou racista! Sou brasileiro com um sangue miscigenado, por africanos, índios e europeus. Sou cristão, sim Senhor", afirmou o pastor.

Polêmica de Bolsonaro
Durante o programa CQC, da TV Bandeirantes, em resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra, Jair Bolsonaro respondeu: "Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como, lamentavelmente, é o teu". O deputado afirmou em nota divulgada na terça-feira que entendeu errado a pergunta e achou que a artista se referia a uma relação homossexual.

Moreno escuro

Na semana passada, o deputado federal Júlio Campos (DEM-MT) admitiu por meio de nota que usou a expressão "ilustre ministro moreno escuro" para se dirigir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, durante uma reunião da bancada de seu partido. Segundo o comunicado, os termos foram empregados "somente por não lembrar naquele momento o nome do magistrado". Campos disse também que fez contato com o chefe de gabinete do ministro e pediu que sejam passadas desculpas por eventuais constrangimentos.

Fonte: Terra
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