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Aeroportuários fazem operação padrão nos aeroportos do Rio

31 jul 2013 - 18h04
(atualizado às 18h05)
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Os servidores da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) fazem uma mobilização, nesta quarta-feira, nos principais aeroportos do Estado do Rio de Janeiro. Entre eles, o Aeroporto Santos Dumont, no centro, e o Aeroporto Antônio Carlos Jobim/Galeão, na zona norte do Rio. A decisão de realizar uma operação padrão nestes aeroportos é um protesto contra o reajuste salarial da categoria e perda de benefícios.

De acordo com o diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários Nacional, Ademir Lima de Oliveira, responsável pela mobilização, as operações na torre e no pátio, como a colocação de passarela para o embarque e desembarque de passageiros, estão mais lentas, o que gera atraso nos demais setores.

Servidores dos aeroportos de Campos dos Goytacazes e Macaé, norte fluminense, pontos de apoio para atividades offshore, e em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, também aderiram a operação padrão, segundo o sindicato nacional, que organiza assembleia esta tarde. A Infraero, no entanto, informa que as atividades não foram afetadas e os terminais funcionam normalmente.

Em nota, a empresa afirmou que tem um plano de contingenciamento para ser aplicado em caso de necessidade. "Esse plano inclui o remanejamento de empregados, tanto do quadro administrativo como do de escala, de forma a reforçar as equipes nos horários de maior movimento de passageiros e aeronaves, envolvendo ainda os demais agentes que atuam nos aeroportos", disse a estatal. A Infraero também orienta aos passageiros que consultem suas empresas aéreas para saber sobre a situação de seus voos.

Segundo o diretor sindical, a decisão tomada no Rio é parte do movimento nacional desencadeado pelos servidores da Infraero. Ele destacou que, enquanto a diretoria da estatal teve reajuste salarial de 26%, os demais trabalhadores receberam 6,4%. Os servidores reivindicam, ainda, a manutenção de benefícios do acordo coletivo, como o pagamento de 4% do plano odontológico, que a empresa quer passar para 50%.

"Queremos isonomia com a diretoria que ganhou 26% de aumento salarial. Isso sem falar que cada diretor recebeu R$ 30 mil de participação nos lucros e o funcionário comum ficou com cerca de R$ 300", informou Ademar Lima. "Também não podemos aceitar que eles cortem benefícios como o plano de saúde, que é o que pretende a diretoria de administração", reforçou. A expectativa é que a mobilização gere atrasos em voos para todo o País no fim da tarde desta quarta-feira, quando o movimento de aeronaves é maior no terminal.

Por meio da assessoria de imprensa, a Infraero esclareceu que o reajuste concedido à diretoria é de 34%, referente a 2010 e 2014, autorizado Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), vinculado ao Ministério do Planejamento. A oferta de reajuste para os demais trabalhadores, de 6,4%, segundo a estatal, está acima da inflação e ainda em negociação, assim como a revisão do acordo coletivo.

Agência Brasil Agência Brasil
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