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Advogada diz que pai de Sean quer visita de avós brasileiros

5 abr 2010 - 15h57
(atualizado às 16h18)
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A advogada de David Goldman, Patricia Apy, afirmou que o pai de Sean tem interesse em permitir que os avós maternos visitem o menino, mas que isso depende de um processo legal. "Pedimos a Silvana e seu marido em janeiro que entrassem com um processo para tratar do relacionamento familiar, que seria complexo porque Goldman está começando a conhecer Sean", declarou Patricia. "Eles não estavam interessados em se envolver neste processo."

Avós de menino não estariam interessados em processo para vê-lo, disse advogada
Avós de menino não estariam interessados em processo para vê-lo, disse advogada
Foto: MARCOS DE PAULA / Agência Estado

O menino Sean, que é filho de David Goldman e da brasileira Bruna Bianchi, nasceu nos Estados Unidos e viveu naquele país por quatro anos. Em 2004, Bruna levou o filho para o Brasil e decidiu ficar, avisando o marido por telefone. Durante a ligação, afirmou que estava se separando dele. Posteriormente, a brasileira se casou e morreu durante o parto de outro filho. Após batalha judicial de anos, Goldman conquistou o direito de ficar com o filho na Justiça brasileira no ano passado.

O casal, que comprou uma casa em New Jersey, foi aos EUA no mês passado e se encontrou com David Goldman e um profissional de saúde mental. A advogada afirma que após o encontro não ter resultado imediatamente em um encontro com Sean, o casal entrou com uma ação de emergência para ver o garoto. A avó do menino Sean disse que quer que o neto seja ouvido para decidir com quem quer ficar.

Entenda o caso

David Goldman, o pai biológico de Sean, lutou para ter a guarda do filho desde a morte de sua ex-companheira, a brasileira Bruna Bianchi Carneiro. A briga pela guarda começou em 2004, quando Bruna deixou Goldman para uma suposta viagem de férias de duas semanas com o filho ao Brasil. Eles viviam na cidade de Titon Falls, Estado de New Jersey (EUA). Ao desembarcar no País, contudo, Bruna telefonou ao marido avisando que o casamento estava acabado e que não voltaria aos Estados Unidos.

A partir disso, foi travada uma batalha judicial pela guarda do garoto, na época com 4 anos. No Brasil, a Justiça reconheceu o divórcio pedido por Bruna sem a concordância de Goldman. Diante das leis americanas, eles permaneciam casados. Livre do compromisso com Goldman, Bruna se casou novamente com o advogado João Paulo Lins e Silva, mas no parto do segundo filho ela morreu, em 2008.

Diante da ausência da mulher, David Goldman veio ao Brasil na tentativa de levar o filho de volta aos Estados Unidos. Desde então, ele brigou pela guarda do garoto nos tribunais brasileiros, contra o padrasto de Sean e seus avós maternos.

Fonte: AP AP - The Associated Press. Todos os direitos reservados. Este material não pode ser copiado, transmitido, reformado o redistribuido.
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