MST mantém ocupação do Incra em São Paulo
Objetivo de acampamento com 600 trabalhadores sem-terra é reivindicar a desapropriação de novas áreas para a reforma agrária
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) mantém na tarde desta quinta-feira a ocupação da sede de São Paulo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no bairro de Higienópolis, região centro-oeste da capital. Segundo o movimento, a ocupação, iniciada na manhã de hoje, é feita por cerca de 600 manifestantes e deverá se estender até amanhã, 1º de maio. A ação faz parte da Jornada de Luta pela Reforma Agrária feita pelo MST ao longo do mês de abril.
Entre as reivindicações do movimento estão a desapropriação de novas áreas para a reforma agrária; assistência técnica, infraestrutura, e um programa de agroecologia para os assentamentos já existentes. A ocupação também pretende mostrar o descontentamento do movimento com o ajuste econômico do governo federal.
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“As famílias conquistam a terra, mas não têm liberação de recursos. Sem isso, não conseguem constituir moradia. Temos problemas primários como falta de água e falta de poços artesianos para consumo e irrigação”, destacou a coordenadora nacional do MST, Kelli Mafort.
O movimento protesta também contra o contingenciamento de recursos que seriam destinados a reforma agrária. “A reforma agrária está bloqueada pela força que exerce o agronegócio e a especulação imobiliária. O corte do Levy piora ainda mais o que já está ruim. Estamos em luta para não perder nenhuma conquista e para desbloquear a reforma agrária e o contingenciamento do Orçamento”, ressalta Mafort.