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ABGLT protesta contra deputado acusado de homofobia em comissão

3 mar 2013 - 16h55
(atualizado às 16h55)
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Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) emitiu nota de protesto contra a indicação do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. Feliciano ficou conhecido após mensagens no Twitter como "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato" além de outros textos pelos quais é acusado - além de racismo - de homofobia.

Deputado do PSC é alvo de críticas de ativistas por conta de comentários considerados racistas e homofóbicos
Deputado do PSC é alvo de críticas de ativistas por conta de comentários considerados racistas e homofóbicos
Foto: Reprodução

O PSC deve indicar o escolhido apenas na próxima terça-feira, mas o nome de Feliciano, vice-líder da bancada do partido, circula nas redes sociais como um dos mais cotados para assumir o posto. 

"O parlamentar indicado para presidir a mencionada CDHM tem feito reiterados pronunciamentos públicos que vão na contramão dos objetivos primordiais desta comissão. Em mais de uma ocasião, teceu comentários depreciativos à população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, mostrando-se totalmente refratário ao reconhecimento dos direitos destas pessoas, indo na exata contramão do entendimento do Supremo Tribunal Federal", diz a associação, ao citar que a corte reconheceu publicamente a legitimidade da existência de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e reconheceu o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

ABGLT afirma ainda que são preocupantes as mensagens "infelizes" do deputado no Twitter e suas pregações que afirmam que a aids é uma "doença gay" e que existe um ativismo homossexual promovido por "satanás".

"Em suma, considerando estes precedentes, delineia-se claramente que a indicação de um quadro proveniente do segmento fundamentalista religioso significa RETROCESSO na luta do povo brasileiro por liberdade, igualdade e justiça social, pilares fundamentais para uma convivência pacífica e solidária. Por este motivo, conclamamos a todos os setores da sociedade comprometidos com a consolidação da democracia, seja em suas instituições, seja nas relações interpessoais, a se manifestarem contrariamente a esta indicação."

Fonte: Terra
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