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SE: abastecimento de água será normalizado gradualmente

Rompimento de duas adutoras deixou parte da grande Aracaju sem abastecimento

15 mai 2015 - 20h16
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A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) concluiu a obra da adutora construída emergencialmente para reestabelecer o fornecimento de água à população da região metropolitana de Aracaju, em Sergipe. Apesar de o serviço ter ficado pronto na quinta-feira (14) – um dia antes do previsto -, o fornecimento ainda demorará alguns dias para ser normalizado.

Adutoras se romperam após desabamento de ponte
Adutoras se romperam após desabamento de ponte
Foto: Evaldo Moura

Segundo a Deso, o bombeamento da água para a Adutora do São Francisco só foi iniciado na madrugada de desta sexta-feira (15), devido à necessidade de secagem do concreto usado na obra. Com a adutora em funcionamento desde as 5 horas desta sexta-feira, a previsão é de que o abastecimento seja normalizado em poucos dias, a partir de amanhã (16). Até lá, governo estadual e a prefeitura de Aracaju continuarão atendendo à população com carros-pipa.

A nova adutora teve que ser construída emergencialmente para substituir as duas que foram destruídas no último sábado (9), quando a ponte que liga as cidades de Laranjeiras e Maruim, pela BR-101, caiu no Rio Cotinguiba. As adutoras estavam instaladas na estrutura de sustentação da ponte. Quatro pessoas que passavam pelo local com vários cavalos se feriram e alguns animais morreram.

O acidente causou a interrupção de 70% do abastecimento da região metropolitana de Aracaju. Na última terça-feira (12), o governador Jackson Barreto decretou Estado de emergência nos municípios de Laranjeiras e Maruim. Com o decreto, que tem duração de 180 dias, o Estado pode pedir recursos ao governo federal para reparar os estragos na Adutora do São Francisco.

Devido à falta de água, as escolas das áreas prejudicadas tiveram as aulas suspensas. As unidades de saúde foram abastecidas por caminhões-pipa contratados pela prefeitura da capital sergipana. A seccional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes registrou reclamações de comerciantes que reduziram o horário de expediente de seus estabelecimentos, além do custo na compra de água mineral para preparar a comida e a lavagem da louça em função da falta de qualidade da água fornecida pelos caminhões.

Gerente de um restaurante que atende cerca de 150 pessoas por dia no bairro Treze de Julho, Fedro Portugal disse que a situação provocou não só transtorno para os comerciantes, como prejuízos financeiros.

"Soube de estabelecimentos comerciais que fecharam as portas durante os dias sem água. No nosso caso, quando o fornecimento era restabelecido, procurávamos armazenar para o dia seguinte. Para isso, tivemos que economizar ao máximo. Os funcionários não puderam tomar banho aqui, no fim do expediente; procurávamos lavar o máximo de louça e talheres de uma só vez, evitando o desperdício”.

Agência Brasil Agência Brasil
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