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Brasil propõe agilizar incorporação da Venezuela ao Mercosul

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BRASÍLIA, 30 Jul (Reuters) - O Brasil propôs nesta segunda-feira aos países do Mercosul um processo para agilizar a incorporação da Venezuela ao bloco, cuja entrada será oficializada durante cúpula de presidentes em Brasília na terça-feira.

A incorporação pode levar até quatro anos para ser completada pelas regras do bloco. O Brasil quer acelerar o processo, permitindo que a Venezuela utilize a nomenclatura comum do Mercosul até dezembro e inicie a liberalização comercial em janeiro de 2013.

A proposta foi feita nesta segunda-feira durante reunião de chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela, em Brasília. Na terça-feira, os presidentes dos quatro países se reunirão para oficializar a adesão.

O Brasil exerce a Presidência rotativa do bloco até dezembro. A aceleração da incorporação é considerada um dos pontos prioritários da gestão brasileira.

O processo de adesão da Venezuela ao bloco de livre comércio foi iniciado em 2006, mas o país não cumpriu os prazos iniciais para se adequar às normas do acordo.

A entrada da Venezuela só foi possível com a suspensão política do Paraguai, cujo Congresso não havia aprovado a adesão venezuelana. O país foi suspenso devido ao processo que levou ao impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo, em junho, e não participa dos encontros do bloco.

A presidente Dilma Rousseff recebe o mandatário venezuelano, Hugo Chávez, no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente, na noite desta segunda-feira.

A visita de Chávez, de 58 anos, a Brasília é uma rara viagem internacional do mandatário, em meio a dúvidas sobre seu estado de saúde após ter retirado dois tumores malignos. Ele se disse totalmente curado do câncer nas últimas semanas.

Na terça-feira, Chávez assinará a compra de 20 aviões da Embraer para a empresa aérea estatal venezuelana. O acordo foi anunciado em dezembro, mas os valores não foram divulgados.

Antes da reunião com os presidentes do Mercosul, Dilma se reunirá com o presidente do Uruguai, José Mujica.

(Reportagem de Hugo Bachega)

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