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Banco Santander tem queda de 66% no lucro até setembro

25 out 2012 - 08h54
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O Banco Santander teve um lucro líquido de 1,804 bilhões de euros do início do ano até setembro, valor 66% menor do que no mesmo período de 2011, após cobrir 90% dos requerimentos da normativa sobre riscos imobiliários aprovada pelo governo espanhol após a explosão da bolha do setor.

Em comunicado emitido hoje à Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV), a instituição explicou que seu balanço de resultados deste período "suporta provisões de 14,543 bilhões de euros e destacou que antes destas dotações o lucro alcançou os 18,184 bilhões de euros, 3% a mais do há um ano.

A exposição ao risco imobiliário caiu, desta forma, em 5,5 bilhões de euros em nove meses e ficou situada em 26,5 bilhões de euros, explicou o banco, que acrescentou que seu estoque de imóveis hipotecados caiu pelo segundo trimestre consecutivo.

Dentro das provisões, as dotações para inadimplentes subiram para 9,533 bilhões de euros e permitiram que a taxa de cobertura de insolvência aumentasse nove pontos, até 70%.

Em relação à atividade bancária, o crédito do grupo alcançou os 754.094 milhões de euros, 3% a mais que em setembro de 2011, enquanto os depósitos somaram 642.607 milhões, 4% a mais anualizado.

O Santander destacou que o crédito cresceu nas unidades do grupo que operam em mercados emergentes. A inadimplência do banco aumentou em 0,47 pontos no ano e alcançou 4,33%. Mas o grupo destacou que mesmo assim sua inadimplência se encontra "mais de quatro pontos abaixo do setor", com uma cobertura de 65%.

Em relação à solvência, o "core capital" ou capital de máxima qualidade da instituição ficou em 10,4%, contra 9,42% de 2011.

As provas de esforço realizadas pela empresa de consultoria Oliver Wyman apontaram que o Santander teria um superávit de capital de 25,297 bilhões em 2014 "no cenário mais adverso contemplado".

Mais uma vez, a diversificação geográfica do grupo beneficiou suas contas, já que a América Latina forneceu 50% do lucro global (3,306 bilhões de euros), e dentro desta área o Brasil representou 26%, o México, 13%, e o Chile, 5%.

A Europa Continental contribuiu, por sua parte, com 28% do resultado (1,813 bilhões). A Espanha forneceu 16%, a Polônia, 5%, e a Alemanha, 4%. Já o Reino Unido representou 13% e os Estados Unidos, 9%. EFE

asa/dk

EFE   
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