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Atendimento particular para gripe suína em SP é mais rápido

15 ago 2009 - 13h14
(atualizado às 13h19)
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O tratamento da gripe suína em São Paulo é considerado de excelência por especialistas, tanto na rede pública quanto nos hospitais particulares. Segundo médicos ouvidos pelo Terra, se as instalações são superiores em hospitais privados, os medicamentos e o procedimento adotados seguem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde em todos os locais de atendimento para a doença. No entanto, escolher entre o pronto-atendimento público e um particular pode significar uma espera de horas.

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A médica infectologista e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Nancy Bellei, afirmou que não há diferença essencial no tratamento dispensado a usuários do SUS e da rede particular, mas acredita que haja contrastes na qualidade das instalações, do material e a expertise dos próprios profissionais.

"Os dois têm competência para tratar. Pode ser que na rede particular a hotelaria seja melhor, mas a qualidade médica, que é o que interessa, é a mesma, inclusive muitas vezes com os mesmos profissionais", disse o médico infectologista David Uip, responsável pelo maior centro de tratamento de doenças infecto-contagiosas em São Paulo, o Instituto Emilio Ribas. Entre os cuidados destacados, a distribuição imediata de máscaras cirúrgicas para os pacientes com suspeita de gripe.

A primeira triagem no hospital, localizado no Pacaembu, é realizada ainda no acesso ao pronto-socorro, a cerca de 50 m da calçada. O paciente que afirma ter suspeita de gripe recebe uma máscara cirúrgica e tem a informação do tempo de espera para ser atendido: entre duas e quatro horas. A espera é localizada em uma área externa, ao ar livre, porém coberta. Cerca de 30 pacientes aguardavam a vez de serem recebidos por volta das 14h de quinta-feira. Os casos mais graves tem atendimento imediato. Pessoas de grupos de risco são encaminhadas ao vizinho Hospital das Clínicas.

No hospital Albert Einstein, no bairro do Morumbi, considerado o mais sofisticado da cidade, apenas três pacientes aguardavam com máscara cirúrgica na sala de espera do pronto-socorro. Uma enfermeira informou, no final da tarde de quinta-feira, que a espera não supera 1 hora. O hospital dispõe dos kits para exame e tratamento. No hospital 9 de Julho, que atende a maioria dos convênios, estão disponíveis os testes e o tamiflu, e o tempo médio de espera é de 1h30. O também particular Sírio-Libanês informa por um cartaz na entrada do pronto-socorro que o exame para gripe suína é realizado apenas em casos graves com vistas na internação.

Nova fase

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Januário Montone, a administração do tamiflu não aguarda mais a confirmação da gripe. Segundo ele, se a pessoa tiver os sintomas clássicos da doença, é tratada da mesma forma como se tivesse o diagnóstico do vírus H1N1.

"A gripe levou praticamente 80 dias até começar a circular no Brasil. Agora, sabemos que ele está aqui e precisamos combatê-lo. Seguimos todo o protocolo do Ministério da Saúde e temos medicamento suficiente para tratar a população", diz.

Para retirar o medicamento, o paciente terá de levar consigo uma receita médica, o cartão do SUS e um comprovante de residência. De acordo com o secretario, é importante lembrar que o medicamento não está sendo distribuído aleatoriamente.

"As pessoas precisam entender que, ao apresentar qualquer suspeita de gripe, devem procurar um médico. É esse profissional que irá definir o tratamento. Temos medicamento em número suficiente para atender a demanda", afirma.

Desde o agravamento dos casos de gripe suína, as AMAs da capital paulista estão funcionando em regime especial, inclusive aos finais de semana, para suprir a demanda de atendimentos.

Fonte: Redação Terra
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