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Mundo

Argentina diz que não soube combater gripe com critério único

12 jul 2009 - 11h38
(atualizado às 12h19)
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O governo argentino reconheceu que não soube combater a gripe suína com um "critério único" e admitiu que a quantidade de mortos pela doença pode ser superior aos dados das informações oficiais, que até o momento informam de 94 vítimas fatais.

O ministro da Saúde argentino, Juan Manzur, disse, em entrevista publicada hoje pelo jornal Clarín, que não se pode tomar "medidas unilaterais" para lutar contra uma pandemia, em alusão a sua antecessora no cargo, Graciela Ocaña, que renunciou no final de junho.

"Não falarei de Ocaña, porque foi muito respeitosa comigo. Neste momento, temos que olhar para frente e impulsionar uma luta em todo o país", disse. "Por isso, na segunda-feira passada, nos reunimos com os ministros provinciais e definimos critérios para diagnosticar e tratar a doença."

Manzur insistiu em que está "decidido" a não esconder números em relação à doença e considerou relativa a posição de que a Argentina está entre os países com maior quantidade de mortos pela gripe suína, atrás dos Estados Unidos e do México.

"O número pode chamar a atenção, mas é preciso colocar a informação no contexto. Em julho de 2006, por exemplo, 339 pessoas morreram por causa do vírus sazonal da gripe e esse dado passou despercebido", disse. "A gripe mata muita gente a cada inverno."

Ele afirmou que 40% dos mortos, até o momento, eram pessoas saudáveis e garantiu que nenhum argentino com gripe suína ficará sem tratamento, porque "há antivirais suficientes".

Devido à pandemia, a capital e a maioria das províncias decretaram emergência sanitária, além de restringir, e inclusive suspender, as atividades nas escolas, universidades, teatros e tribunais, entre outros.

EFE   
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