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Oriente Médio

Ao menos 27 morrem em violenta ofensiva do regime na Síria

24 jan 2012 - 12h36
(atualizado às 12h43)
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Ao menos 27 civis foram mortos nesta terça-feira na Síria em uma violenta ofensiva das forças leais ao regime de Bashar Al Assad contra as localidades de Homs e Hama, no centro do país, segundo um grupo da oposição síria.

Os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram em comunicado a morte de 23 pessoas em Homs, 18 delas no bombardeio de um bairro da cidade, três em Hama e uma na província de Idlib.

A violência do dia coincide com as declarações dadas pelo ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al Muallem, que defendeu que seu país tem a "obrigação" de enfrentar os atos terroristas cometidos em seu território, em referência aos "grupos armados" aos quais Damasco acusa de estar por trás da revolta contra o regime.

As forças de segurança promoveram um "banho de sangue", segundo os CCL, no bairro de Bab Tadmur, em Homs, onde morreram ao menos 18 pessoas em ataques perpetrados com armamento pesado contra edifícios nos quais havia um número indeterminado de moradores.

Nesse bairro, algumas casas foram demolidas e os "shabiha" (pistoleiros do regime) abriram fogo, invadiram várias casas e destroçaram propriedades privadas.

Enquanto isso, em Hama as forças de segurança efetuaram disparos em vários bairros e muitas detenções, enquanto inúmeros franco-atiradores foram posicionados nos telhados dos edifícios.

Além disso, na localidade de Taybet al Imam, na província de Hama, duas pessoas morreram por disparos das forças da ordem.

Esta escalada da violência acontece depois que a Liga Árabe solicitou uma reunião com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e o apoio do Conselho de Segurança da ONU ao plano árabe para solucionar a crise na Síria, que estipula a saída de Assad do poder.

Para Damasco, segundo disse Al Muallem nesta terça, esta iniciativa é uma tentativa de internacionalizar a crise que seu país atravessa e uma "flagrante ingerência" da organização pan-árabe nos assuntos internos sírios.

EFE   
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