PUBLICIDADE

Analfabetismo segue, mas acesso a água e esgoto melhora--IBGE

18 set 2009 - 12h28
Compartilhar

A taxa de analfabetismo no Brasil ficou praticamente estagnada entre 2007 e 2008, enquanto outros indicadores, como acesso a redes de abastecimento de água e esgoto, mostraram melhora da qualidade de vida.

As informações constam da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) do IBGE, divulgada nesta sexta-feira.

O número de domicílios brasileiros com rede de abastecimento de água cresceu 0,7 ponto percentual no ano passado e a cobertura atingiu 83,9 por cento das 57,7 milhões de residências, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A rede de esgoto teve expansão de 1,4 ponto percentual, mas só 30,2 milhões das residências contavam com o serviço.

A taxa de analfabetismo no país ficou praticamente estagnada, em 10,1 por cento no ano passado frente a 10 por cento em 2007. Esse percentual correspondia a 14,2 milhões de brasileiros.

Cerca de um quinto da população (21 por cento) era considerada analfabeta funcional, ou seja, tinha 15 anos ou mais de vida e menos de quatro anos de estudo. Pelos cálculos do IBGE, a redução ante 2007 foi de 0,8 ponto percentual, mas o Brasil ainda tinha 30 milhões de analfabetos funcionais.

Pelos dados do ano passado, o brasileiro estuda, em média, 7,1 anos. Setenta e nove por cento dos estudantes estavam matriculados em escolas públicas, sendo que no Norte e no Nordeste esse percentual superava 80 por cento.

REDE ELÉTRICA

A Pnad apontou também que, em 2008, 98,6 por cento dos domicílios possuíam rede elétrica, permitindo que 92 por cento das casas tivessem geladeira, 89 por cento contassem com rádio e 95 por cento possuíssem TV.

A telefonia apresentou expansão de 5,2 pontos percentuais graças à forte disseminação dos celulares. Segundo a pesquisa, 82 por cento das casas já tinham telefonia, sendo que 37 por cento contavam apenas com uma comunicação móvel.

O IBGE alertou que menos de um terço (31,2 por cento) tinha computador e apenas 24 por cento da população estava conectada à Internet.

Segundo a Pnad, o Brasil tinha no ano passado 92,4 milhões de homens e 97,5 milhões de mulheres.

O processo de envelhecimento da população manteve-se, e as mulheres continuavam vivendo mais. O número de brasileiros por domicílio caiu de uma média de 3,3 para 3,1 pessoas.

A pesquisa mostrou também que 48,4 por cento dos brasileiros se consideravam brancos; 43,8 pardos; 6,8 negros e 0,9 por cento amarelos ou indígenas.

"Em relação a 2007, houve uma elevação de 1,3 ponto percentual na declaração de pardas e uma redução de negras (0,7 ponto percentual) e brancas (0,8 ponto percentual)", segundo o

IBGE.

(Edição de Daniela Machado)

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade