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Amorim diz que protecionismo agravará crise global

10 fev 2009 - 12h57
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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, insistiu hoje em que é preciso evitar que a crise financeira internacional leve a práticas protecionistas, que qualificou como "um veneno" que agravará ainda mais a situação mundial.

"Nossa preocupação é que o protecionismo se propague, pois não se trata de um remédio, mas de um verdadeiro veneno", disse o ministro, após uma visita ao presidente do Senado, José Sarney.

Em clara alusão a algumas das medidas impulsionadas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Amorim reiterou que "não vale dizer ''compre América'' se os outros (países) não compram deles".

Amorim admitiu que "é um momento difícil", porque cada governante está voltado para seu próprio país, e é natural que seja assim, mas ressaltou que "o importante é alertar que, na busca de soluções, não sejam criados problemas maiores para outros".

Há dez dias, o ministro brasileiro tinha advertido sobre o "conteúdo protecionista" de algumas medidas propostas por Obama, como que as siderúrgicas americanas utilizem apenas o aço produzido no próprio país.

Amorim considerou que medidas desse tipo "não seriam um bom sinal" para o comércio mundial e insistiu em que, em vez de apelar para o protecionismo, os Estados Unidos e os outros membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) deveriam tentar retomar a Rodada do Desenvolvimento de Doha.

EFE   
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