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Amigas usam sorrisos e autoestima para combater o câncer

9 jun 2014 - 08h00
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Mylene Duarte e Mariana Robrahn estão unidas não apenas na amizade, mas também na intenção de ajudar crianças com câncer, desde 2013
Mylene Duarte e Mariana Robrahn estão unidas não apenas na amizade, mas também na intenção de ajudar crianças com câncer, desde 2013
Foto: Divulgação

Doença temida e que tem como característica diminuir a autoestima de adultos e crianças, o câncer conheceu um adversário de peso, em outubro do ano passado: o Cabelegria. Projeto voluntário de arrecadação de cabelos para a confecção de perucas para crianças com câncer e que estejam em tratamento quimioterápico, a ONG nasceu nas redes sociais.

O projeto foi concebido pela designer gráfica Mariana Robrahn, 24 anos, e pela publicitária Mylene Duarte, 22 anos, ambas de São Paulo, depois que uma amiga em comum, funcionária da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia da capital paulista, cortou o cabelo e doou a pacientes do local. 

A partir disso, Mylene criou um evento no Facebook, explicando às pessoas o lado positivo de se doar cabelos para crianças com câncer. A ação mobilizou mais de 1.700 pessoas e se tornou o ponto de partida do projeto, que já confeccionou peruquinhas para 15 meninas e, hoje, recebe até 200 doações de cabelos semanais, vindas do Brasil inteiro.

“O afeto ajuda muito no combate à doença. E outra coisa importantíssima é a autoestima. É aí que entramos, pois proporcionamos às crianças que estão passando por este momento difícil brincadeiras e uma peruca para que elas se sintam melhor e possam matar a saudade de seus cabelos”, diz Mariana, que diz receber sete pedidos formais por mês.

Redes sociais impulsionam doações

Todo o atendimento do Cabelegria é feito online. Só no Facebook, são 203 mil fãs e até 400 compartilhamentos em cada semana de entrega de perucas. No Instagram, a ONG é seguida por 25 mil pessoas. 

Para que a doação seja feita, o comprimento mínimo do cabelo deve ser de um palmo (10 cm); os cabelos podem ter química ou não em sua raiz; devem ser amarrados antes do corte, colocados secos dentro de um saco plástico e, depois, envelopados para a entrega. Os cabelos devem ser enviados às casas das fundadoras da ONG (ainda não há sede física para o projeto), que aceita também doações em dinheiro.

“Temos muitos projetos pela frente, mas o primeiro é conseguir pagar uma costureira que fique de maneira integral confeccionando perucas para a ONG, pois isso aumentaria muito o número de perucas e de beneficiados”, diz Mariana. “Temos a pretensão de sermos um banco de perucas nacional, onde qualquer pessoa que queira uma peruquinha possa ir até a ONG e escolher a que mais combine com ela.”

As crianças costumam enviar fotos de seus cabelos para Mylene e Mariana, para que as perucas fiquem parecidas, antes mesmo do tratamento. “Algumas são mais envergonhadas, outras, não. Nós tivemos casos de criancinhas que falavam pouquinho e agradeceram com um obrigado ou com um beijo, mas também tivemos casos de crianças que cantaram canções de obrigada e que não paravam de agradecer”, emociona-se Mariana.

Fonte: Dialoog Comunicação
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